quinta-feira, 19 de julho de 2012

Como fazer pegação na balada sem perder a dignidade?




Tudo começa na sexta, tipo hoje, quando você tá loca da cusseta  (buceta anal) pra sair por aí caçando as perigosas. Daí você chega na balady, toma todos os drinks do open bar e o resultado todo mundo já sabe, né? A besha sai do corpo, exorciza a dignidade e sai catando todo mundo na pista sem um milímetro de pudor e consciência. E o melhor, só percebe a mancada quando acorda no dia seguinte, tooooooda babada e com dois presentinhos de grego: amnésia alcoólica e um boy magia negra retirado das profundezas do pântano. Eike de delícia, só que ao contrário. E digo mais, do jeito que no clã das bees a língua é sempre solta e afiada, é bem fácil ficar com a reputação checada pro resto das suas primaveras. É pensando em você, caro leitor, que apresento-lhes o manual de como fazer pegação na balada sem perder a dignidade.


#1 Evite baladas bueiro-caixinha-de-fósforo. Quanto menor o local, mais exposta você ficará. Mas se sua cidade for tipo Curitiba e não tem opção, procure um cantinho mais discreto e manere nos amassos.


#2 Nada de micareta, não precisa sair beijando todo mundo, né gente? Quanto mais você é vista em braços alheios menos interessados os meninos ficaram por você.


#3 Beba com moderação. Exagerar na bebida é primeiro passo pra cagar a sua noite. Seja consciente, a partir do momento que sentir que o baygon  bateu, esconda a comanda de você mesmo.


#4 Cuidado com os voyers, eles adoram formar plateia, na melhor das hipóteses podem até abordar o casal e querer participar da brinks. Se você for gulosa aproveite.


#5 Lembre-se sempre de uma coisa: o jeans é o limite. Não vai abrir a calça do boy ali na frente de todo mundo, muito menos por a boca onde não deve. O tesão bateu forte o tambor? Bata esse bife em casa ou no carro. Vai por mim, colega!


Parece mentira, mas é verdade. Ainda rola muita hipocrisia entre as bees. Ser rodada você pode ser, o problema é que ninguém pode saber, não é verdade? No final tudo não passa de um verdadeiro paradoxo, queremos ser “as vanguardistas”  mas, no fundo no fundo, todo mundo ainda guarda um pouco do machismo da sociedade heterossexual dentro de si. Afinal, antes mesmo de nos aceitarmos como gays, “nascemos” héteros, não é mesmo?

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